26.2.07

a doença de mourinho

o "homem doente" continua a mostrar claros sintomas da patologia crónica que carrega: ganhou o quinto título desde que chegou a inglaterra.

24.2.07

o regresso de portas

ao decidir regressar à vida partidária no final de dois anos em que se impôs um silêncio digno de registo e difícil de conseguir, paulo portas pode trazer virtualidades que fazem hoje falta na cena política.
com um primeiro-ministro a cada passo mais marcado pela palavra mediática, a oposição passará a ter um rosto que vai reger-se pelas mesmas características. o contraponto da demagogia pseudo-positiva vai passar a existir.
pouco importa se é táctica ou não. a verdade é que portas vai voltar ao primeiro plano quando o líder do psd insiste na não oposição.
pelo que atrás se disse, acredito que paulo portas escolheu o tempo para forçar mudanças de rumo na governação e na oposição. algo que apenas ele, no actual contexto, seria capaz de fazer.
até cavaco deverá sentir-se desconfortável.

22.2.07

joão marcelino

o director do correio da manhã despediu-se ontem. ora, se joaquim oliveira demitiu a direcção do diário de notícias na semana passada... "he is on the way"!

insegurança

escrevo do aeroporto do porto. a segurança parece apertada mas passo a mala do computador com um frasquinho de gotas para os olhos lá dentro. pelas regras seria impossível, mas ninguém me pediu sequer explicações. além desta, ainda há dias, numa viagem com um amigo, este me dizia que havia passado na máquina do desespero (aquela que nos faz esperar em longas filas até ao embarque), com um corta charutos no bolso. será preciso dizer mais?

21.2.07

o arguido

fernando pinto monteiro decidiu conceder uma entrevista a judite de sousa. o procurador geral da república disse que "a figura do arguido está banalizada na sociedade" e revelou que apenas cerca de dez por cento dos arguidos acabam por ser ausados pelo ministério público. números que devem gerar muita reflexão, especialmente na comunicação social.

20.2.07

vida difícil


um lugar inexplorado em pleno algarve.

13.2.07

do referendo (2)

o antónio ribeiro ferreira foi meu director no diário de notícias e, em algumas alturas da vida, com ele discuti algumas notas sobre o jornalismo que por cá se faz. neste post ele usa os números do referendo de uma forma que merece, no mínimo, ser lida.

12.2.07

do referento (1)

votaram no "não" mais 206 mil pessoas do que em 1998.
votaram no "sim" mais 972 mil pessoas do que em 1998.

11.2.07

o bode enganou-se

no início do ano acreditei que o resultado do referendo seria o da vitória repetida do "não". enganei-me. mas mais que enganar-me, saí derrotado neste referendo. primeiro porque o meu sentido de voto foi para a posição minoritária, segundo porque me sobram muitas interrogações e sinto que, através delas, portugal colocou nas mãos do governo e da maioria, muito mais do que devia.
sinto que o país entregou nas mãos de josé sócrates a autoridade para legislar, como entender, desde que o aborto não seja crime, até às dez semanas. isto é, sem condições para elém desta. sem obrigar a que se criem condições que, nos últimos oito anos, o país não soube, não foi capaz ou não quis criar.
talvez me sinta num país mais democrático, é verdade. em que a minha opinião se não impõe à livre consciência de outrém, mas a previsão de uma subida da quantidade de abortos faz-me pensar bem mais do que na noite de hoje.
a fechar esta breve reflexão, a certeza de que sócrates e mendes cumpriram na perfeição o que lhes era exigido, mas jerónimo de sousa, numa intervenção absolutamente desenquadrada e a destempo, deu o pior exemplo de caciquismo político.
ficaremos atentos à lei que será votada no parlamento.

10.2.07

seremos parvos?


o público vai aparecer de cara lavada na segunda-feira. a imprensa portuguesa é hoje o reflexo da sociedade: errante, com alguns arautos da credibilidade, mas sem rasgo e sem coerência. justificam-se permanentemente as quebras de vendas em banca com a crise económica do país, num lamentável exercício de desresponsabilização própria. os portugueses votam menos quando acreditam menos nos políticos e os portugueses compram menos jornais quando acreditam menos nos jornais.

mas hoje tudo vive do minuto seguinte. o depois de amanhã é já distante demais para um projecto forte e sustentado. o lucro tem de ser imediato e a pressão sobre os jornalistas para que a verdade nas lhes estrague o texto bombástico reina.

estuda-se pouco, investiga-se menos ainda. por isso podem vir todas as remodelações gráficas em todos os meios. a imagem é, de facto, de importância decisiva para o sucesso de um produto, mas é estranho que um jornal pense que ao mudar o tipo de letra e dois ou três colunistas vai conquistar novos públicos.

o povo até pode parecer parvo. mas tanto também não!

referendo

a maturidade democrática nacional vai a votos.

6.2.07

auto estrada

ontem passei mais de uma hora e meia completamente parado (motor desligado e tudo) na a3, no sentido porto-braga. no final do trajecto paguei o mesmo que em qualquer outra circunstância. não conheço mais nenhum serviço em que isto aconteça. sabemos bem que o lóbi da brisa e os contratos de concessão em nada beneficiam o utilizador pagador, mas é hora de acabar com esta vergonha. com um sistema tão evoluído quanto a via verde, seria muito fácil reconhecer os identificadores que naquele dia e naquele espaço de tempo ali ficaram retidos. trata-se, portanto, de um caso em que o poder político, da esquerda à direita, opta por lavar as mãos. está mal.

3.2.07

verdades de sócrates - 3

há cerca de um ano josé sócrates anunciou que o diário da república passaria a ser gratuito e de acesso livre na internet. foi um dia de comunicação em cheio para o governo, com rogozijo à mistura. mas a verdade é que o acesso gratuito é apenas para a edição do dia. ou seja, quem quiser fazer pesquisa em edições anteriores tem de pagar assinatura anual. a propósito: o preço da assinatura subiu de 500 para 750 euros. viva a democracia!

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1.2.07

verdades de sócrates - 2

imagine-se que há dois anos, numa qualquer viagem à china, um qualquer ministro do governo de santana lopes afirmava que portugal era um bom destino para empresas chinesas porque oferecia "mão de obra barata". aconteceu agora com um ministro de sócrates. o primeiro-ministro que decidiu ir fazer um jogging matinal no dia seguinte a manuel pinho ter afirmado tal barbaridade. os repórteres enviados à china preferiram filmar e acompanhar a corrida de sócrates do que perguntar se o chefe de governo se revê no que diz manuel pinho. assim.... também eu.

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