29.10.07

não

seria um ultraje a comissão executiva de filipe pinhal aceitar as condições de fusão apresentadas por ulrich do bpi.

23.10.07

cadernos da oposição - 7

josé pedro aguiar branco em marcação cerrada mas aparentemente sem estratégia. dá um ar de pistoleiro sem ter quem lhe segure a arma para escolher o alvo certo. primeiro na rtp2, numa entrevista paupérrima, depois a avaliar a polémica entrevista do pgr. aqui já me pareceu bastante melhor. aliás não consigo, por mais que me esforce, perceber por que razão menezes tanto elogiou pinto monteiro a propósito de uma entrevista que, apesar de abrir uma discussão importante, tem uma base de sustentação mais que fraca. e ainda falta ouvir pacheco pereira... é já amanhã.

cadernos da oposição - 6

o poder joga-se em pequenas salas da suposta casa da democracia. aquela que recebeu os que o povo escolheu em 2005 e não os que meia dúzia escolheram, já 2007 dava as últimas.

14.10.07

cadernos da oposição - 5

com menezes a chumbar no teste do conselho nacional e a ganhar apenas por quatro à lista próxima de marques mendes, eu deixaria uma pergunta: até quando é que estes senhores vão fechar os olhos à união geracional formada em torno de pedro duarte e que neste congresso já valeu 9 lugares ao conselho nacional? menezes vai querer chamá-lo.

cadernos da oposição - 4

os barrosistas ficaram mesmo todos fora. se excluirmos barreiras duarte, que se colou a menezes numa união que, se bem os conheço, dará arrufos e amuos permanentes, a verdade é que a equipa que tirou o psd da oposição em 2002 para o governo ficou coesa e fora de qualquer lugar: nuno morais sarmento, josé luís arnaut, miguel relvas, hermínio loureiro, jorge costa e josé matos correia. nenhum quis fazer pontes com o "menezismo". a coerência saúda-se.

cadernos da oposição - 3

venceu a coerência contra o impulso desgovernado. saiu ferreira leite (que acredito tenha colocado ponto final na vida política activa) e entrou ângelo correia. mas o que mais se estranha são os nomes desta nova equipa directiva. porquê? porque menezes deu quotas ao passado e escolheu um ou dois nomes de cada um dos ex-líderes. mas esqueceu um pormenor, ou talvez não. será que cavaco voltaria a chamar mendes bota ou arlindo carvalho? e barroso voltaria a chamar feliciano barreiras duarte? e santana chamaria de novo gomes da silva? e mendes voltaria a convidar luis coimbra? erro estratégico grave.

13.10.07

cadernos da oposição - 2


manuela ferreira leite. foi ministra da educação de cavaco e titular das finanças com barroso. foi por um fio que não chegou à cadeira de são bento. mas a verdade é que manuela ferreira leite anda a dizer e a não dier coisas tão óbvias que me faz impressão como continua a ser tão aplaudida. menezes convidou-a para se manter à frente da mesa do congresso. se aceitar vai colocar a cereja no topo do seu bolo de incoerência.

cadernos da oposição - 1

pedro passos coelho. há alguns anos que não lhe dava atenção. hoje acompanhei a intervenção que ofereceu ao congresso. intelectualmente superior, o ex-líder da jsd foi capaz de concretizar um brilhate diagnóstico. abrilhantou-o com memória política responsável mas faltou-lhe o essencial: explicar como faria diferente. ou seja, apesar de lhe reconhecer mérito, não foi mais que um comentador em cima do palco do congresso. é pena.

7.10.07

medicina

antónio martins da cruz, embaixador de carreira suspensa, mas figura por quem nutro especial simpatia (conhecio-o e com ele conversei algumas vezes longamente em tempos recentes) aparece agora como uma das figuras notáveis mais proeminentes ao lado de luís filipe menezes. ainda bem que assim é. mas a sua sapiência diplomática não apaga a razão pela qual teve de abandonar o governo do seu grande amigo durão barroso: a filha entrou em medicina numa vaga "especial" aberta pelo colega ministro da ciência e ensino superior de então. foi só há quatro anos.

emprego

há 20 anos que não tínhamos uma taxa de desemprego superior à da espanha. agora temos. não nego a sócartes o mérito de lutar por um portugal menos aburguesado, mas creio que os números do desemprego, combinados com a redução do défice orçamental, demonstram sem dúvidas que o equilíbrio das contas públicas não está a acontecer pela boa gestão dos recursos, mas pela ditadura do posso e mando. e a mandar sobre os portugueses, o governo aumentou tudo o que é imposto. subiu a receita e baixou o défice. à volta é a razia absoluta. não encontro nada de positivo.

silêncios

partilho a ideia generalizada de que menezes está a fazer uma boa gestão do silêncio nesta fase pós-eleitoral. mas independentemente da necessidade imperiosa do psd falar para fora de si mesmo, acho que há algo que tarda em sair da boca do novo líder: as eleições directas foram limpas ou não?