quiosque

este quiosque tem apenas seis metros quadrados, mas o dono entendeu partilhar tudo com quem queira. para os curiosos do negócio da venda de jornais, um espaço novo, no mínimo curioso.

o palco

cabem 60 mil espectadores e a rainha de inglaterra prometeu inaugurá-lo mas ainda não teve agenda. é neste colossal estádio que o fc porto defende esta terça-feira o azul e branco português frente ao vermelho... inglês.

lugares

há espaços que julgamos de tantos mas são apenas de alguns. cheiros, sombras adivinhadas. quais juízes de um tempo só nosso, fazemos tantas vezes injustiças em mãos próprias. depois voltam os cheiros e os lugares e as memórias de ainda agora. quem mora aí? a essência que fará cada segundo um espaço interminável.

pgr na visão de...

recomendo vivamente este pequeno texto do carlos lima. usa poucas palavras mas diz muita coisa.

compromisso portugal

participação, responsabilidade e cidadania. que pena não haver mais destes.

outono

o país no seu melhor. com o outono começaram, sem falta, as chuvas fortes. a impreparação nacional é recorrente. lisboa com 30 kms de fila a partir de cascais e no porto as rádios contam que há inundações na zona oriental. é assim, sempre, por esta altura.

escândalo

e agora? o caso mateus é uma brincadeira ao lado disto. que dirá a tão diligente fifa?

jura!

a estreia de uma novela em que a sic apostou milhões e sexo do mais barato e oco que existe, teve um justo prémio: um desastre de audiências! nem primeiro lugar, nem segundo, nem terceiro, a dupla francisco penim/teresa guilherme viu a "jóia da coroa" ficar em 15º no dia da estreia. por estas e outras que eu cá sei, é bem feito!

metro do porto

o telefone toca. parece que o verniz vai estalar na metro do porto. é só esperar e não deve ser muito. digo eu.

google a perder

"o tribunal de primeira instância de bruxelas condenou o google por uso indevido de artigos, fotos e gráficos de editores belgas, impedindo o 'site' daquele país de utilizar estes elementos. num procedimento de urgência, bruxelas decidiu que por cada dia de atraso na aceitação da ordem, o google terá que pagar um milhão de euros de multa".

- in jornal de negócios (19.09.06)

contraste

duas notícias na mesma manhã. o investimento público caiu 26 por cento e está no valor mínimo dos últimos seis anos e as auto estradas sem custos para o utilizador vão custar 10 mil milhões de euros até 2031. até onde irá a teimosia?

digo eu (3)

cavaco e sócrates já sabem quem vai ser o próximo procurador geral da república.

digo eu (2)

a viragem política na suécia (a esquerda foi afastada do poder) é um sinal bem mais importante do que se possa julgar.

digo eu (1)

a edição deste fim-de-semana do "sol" foi bem melhor que a do concorrente "expresso".

matemática falida

se 80 por cento dos alunos do 12º ano "chumbam" no exame nacional, quem será o culpado?

o pacto diz

revisão do código de processo penal: "é restringido o segredo de justiça, passando, em regra, a valer o princípio da publicidade, só se justificando a aplicação de regime de segredo quando a publicidade prejudique a investigação ou os direitos dos sujeitos processuais".

eis uma bela forma de combater a violação do segredo de justiça: acaba-se o segredo de justiça.

tony blair

o primeiro-ministro britânico há muito iniciou um caminho de queda de popularidade. a sua reeleição já não teve a folga de outros tempos, mas os ingleses sabem que há mais vida para além da política externa. e nessa vida, inglaterra está bem melhor do que os parceiros da união europeia. estranha forma esta que as massas têm de imolar líderes que recentemente idolatraram. por essas e outras dizia anteontem blair aos seus companheiros do partido trabalhista que lhe voltavam as costas: «com essa postura não tarda voltarão a ser presididos pelo líder da oposição».

em branco

na liga dos campeões só houve dois jogos a acabar sem golos esta quarta-feira. ambos a envolver as equipas portuguesas. não vi o benfica, mas no dragão um puto genial não aguentou mais de 45 minutos e um lucho sem ritmo não foi capaz do brilhantismo habitual. o porto não venceu por culpa própria. é bem superior ao cska mas hoje ficou em branco. daqui a algumas semanas será moscovo a estar pintada de branco e frio para receber portugueses, argentinos, marroquinos e brasileiros, tudo gente habituada ao calor. a ver vamos.

cheirar os dias

gosto do cheiro destes dias que vão fechando a janela ao verão mas ainda demonstram que lhe não bateram com a porta na cara. até o barulho das buzinas de carros furiosos se ouvem ao longe de uma outra forma. os semáforos piscam sem regra com a humidade a perfurá-los fatalmente. e o guarda-chuva onde anda? pois se de manhã não chovia... joga o porto hoje. gosto do cheiro destes dias.

de relance

se a regra de proporcionalidade entre a população e o número de deputados do parlamento regional dos açores fosse aplicada no continente, em são bento teriam de estar mais de 2500 deputados.*

* alerta de bagão félix esta manhã na antena 1.

terça-feira gorda

vou dizer isto muito devagarinho: apesar de um árbitro que parecia tudo fazer para que o quadro final não fosse o que foi, a arte e a inacreditável maturidade do sporting deu para uma brilhante vitória sobre o inter de milão. acrescente-se que se o resultado tivesse sido mais desnivelado do que o 1-0 final, a ninguén espantaria. em londres o chelsea, sem inspiração e a falhar muitos passes, chegou e sobrou para um werder bremen liderado pelo sofrível diego.

sombra no expresso

comprei o expresso este fim-de-semana. parece mais moderno, mas não fiquei fascinado pelo tamanho nem pelo grafismo. quanto ao essencial, os mesmos males: vazio de notícias, menos enquadramento ainda e uma sensação enorme de perda de influência. contam-me que o jornalismo do «sol» será uma lufada de ar fresco, com espaço para a investigação séria. ao que me contam, há autarcas para quem a época de fogos só agora vai começar.

à mesa com o inimigo

jorge sampaio, tal como mário soares, decidiu tornar público um pensamento estruturado sobre a solução ou as soluções para o terrorismo: é preciso dialogar com o inimigo. francamente não sou capaz de entender o que dá nos nossos ex-chefes de estado. não censuro que emitam opiniões, mal seria, mas há matérias em que um ex-presidente deve ter decoro público. esta é, de certeza, uma delas.

o fracasso

sem rodeios. nada é igual desde há cinco anos. nem a vida, nem a disposição, nem a economia, nem a confiança. peritos atrás de peritos, milhões sem conta gastos por uma américa que cobre de propaganda a única realidade possível: o fracasso. custa assumir esta verdade, mas o terrorismo e os terroristas estão a ganhar claramente este confronto.

pacto central

em segredo, aparentemente, sócrates e mendes cozinharam um acordo de regime (chamemos-lhe pacto) para o sector da justiça. o "padrinho", não desmentido, terá sido o chefe de estado. eu que até sou insuspeito na matéria e por muito que considere importantes os valores da estabilidade política em matérias vitais para a sociedade, procuro parar para pensar no que verdadeiramente significa este pacto. para mim é simples: os portugueses viraram à esquerda a 20 de fevereiro de 2005, mas ano e meio depois o equilibrio começa. sócrates é empurrado para a mesa de mendes e convidado a "esquecer" a ampla maioria de esquerda que, certamente, teria outras ideias sobre o código penal e o código de processo penal (afinal as duas principais matérias em discussão). sem tirar mérito ao acordo alcançado, cujo conteúdo desconheço, creio que a fidelidade às opções eleitorais de 20 de fevereiro do ano passado obrigria a um outro caminho. assim pode ganhar o país, mas politicamente ganha só cavaco silva. segue-se a escolha do procurador.

marcelo vs arnaut

marcelo rebelo de sousa disse na rtp, no último domingo à noite, que a juventus tinha retirado a acção dos tribunais italianos a troco de 50 milhões de euros. ontem à noite a versão foi desmentida por josé luís arnaut, que se afirmou conhecedor do processo. confesso que quando ouvi marcelo rebelo de sousa fiquei absolutamente perplexo. agora estou um pouco menos, mas o professor no próximo domingo podia esclarecer o que quis dizer com esta dos 50 milhões. quem os pagou e a quem?

prioridades

o estado quer baixar a velocidade máxima nas auto-estradas para os 118 kms/h. tudo, dizem os responsáveis, em nome do ambiente. e que tal apostar mais nas linhas ferroviárias nacionais?