pacto central
em segredo, aparentemente, sócrates e mendes cozinharam um acordo de regime (chamemos-lhe pacto) para o sector da justiça. o "padrinho", não desmentido, terá sido o chefe de estado. eu que até sou insuspeito na matéria e por muito que considere importantes os valores da estabilidade política em matérias vitais para a sociedade, procuro parar para pensar no que verdadeiramente significa este pacto. para mim é simples: os portugueses viraram à esquerda a 20 de fevereiro de 2005, mas ano e meio depois o equilibrio começa. sócrates é empurrado para a mesa de mendes e convidado a "esquecer" a ampla maioria de esquerda que, certamente, teria outras ideias sobre o código penal e o código de processo penal (afinal as duas principais matérias em discussão). sem tirar mérito ao acordo alcançado, cujo conteúdo desconheço, creio que a fidelidade às opções eleitorais de 20 de fevereiro do ano passado obrigria a um outro caminho. assim pode ganhar o país, mas politicamente ganha só cavaco silva. segue-se a escolha do procurador.
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