espinho na rosa

da forma como sócrates falou de alegre em entrevista à sic, não me admirava que roseta pensasse em ser ela a tirar-lhe a maioria absoluta em 2009.

o voto

ir votar devia dar benefícios fiscais. é só uma ideia.

job for the boy

se portas se aguentar na liderança do do cds/pp será que ribeiro e castro é candidato ao lugar de deputado europeu? pelo menos para as finanças lá de casa parece que ajudava.

fatal

o ps pode começar a preparar um candidato a sério à câmara do porto. rui rio vai suceder a marques mendes a seguir à derrota do psd nas legislativas.

choque laranja

não me surpreenderia que marques mendes acabasse por "disputar" sozinho a liderança do psd. se tiver inteligência para renovar procedimentos e protagonistas, fará de certeza melhor que até aqui. o segredo do sucesso pode estar na sua capacidade para provocar um choque geracional que comece no grupo parlamentar e termine na comissão política.

branco é

o nome mais credível em jogo nas eleições directas para a liderança do psd é josé pedro aguiar branco. não que mendes me provoque reservas quanto à honorabilidade, mas os dois anos de presidência laranja, temos de convir, são decepcionantes.

se essa decepção é razão bastante para que marques mendes não vá a eleições em 2009, é o que os militantes devem pensar e... repensar. quem tanto criticou a quebra de ciclo político provocada por jorge sampaio e que afastou o psd do poder, pode agora exigir o mesmo no partido? claro que os mandatos são de dois anos, mas diz o bom-senso que o objectivo último é lutar em legislativas.

falarei aqui sobre o assunto mais vezes, mas percebo bem as dúvidas de aguiar branco. que afinal se resumem a uma só: valerá a pena?

observações capitais

1 - onze por cento dos eleitores chegam para eleger um presidente da principal câmara do país;

2 - quem se lembra de ouvir antónio costa pedir maioria absoluta? onde está ela?

3 - paulo portas sofre consequências do regresso antecipado;

4 - ps e pcp não chegam para formar maioria na câmara;

5 - manuel monteiro já devia ter declarado a falência da sua luta;

6 - psd e cds juntos não chegam aos 20 por cento;

7 - sá fernandes perdeu votos no espaço de dois anos;

a crise aberta no psd levou mendes a antecipar as directas para depois do verão. acredito que esta noite, em entrevista à sic notícias, menezes seja consequente e declare avanço para a corrida. uma corrida que é bom que não aconteça a dois, sob pena de acontecer exactamente o mesmo que há dois anos, sem a menor evolução.

foi triste ver marques mendes declarar que até agora tinha ganho tudo. mas o quê? as presidenciais de cavaco? as autárquicas de rio e carmona? as regionais de jardim? mais que nunca a terceira via tem de nascer, nem que seja para não ganhar.

credibilidade

gostava de ouvir marques mendes sobre a decisão judicial hoje conhecida de não levar a julgamento fontão de carvalho, o ex-vice-presidente da câmara de lisboa, no caso do pagamento de prémios alegadamente indevidos a administradores. já poucos se lembram, mas a instabilidade começou aqui. e só tem um responsável: marques mendes.

mar de sophia

dos concertos mais bem preparados a que assisti na vida. bethânia no coliseu do porto. para não esquecer, nunca mais.

parolos

é interessante observar como o centralismo capital atrofia um país pequeno como portugal. para o entender basta estar atento ao arranque da presidência portuguesa do conselho europeu, que agora começou e terminará no final do ano.

o porto lá ficou com a abertura (eu diria falsa abertura), e mostrou a “sua” casa da música, num concerto onde faltaram quase todas as figuras mais importantes dos estados membros.

haverá depois alguma distribuição de reuniões sectoriais por enclaves socialistas como viana ou guimarães e a um preço que não dá para acreditar. só o pavilhão multiusos de guimarães, que recebe na data em que este jornal lhe chega à mão, uma reunião de ministros do emprego e segurança social, gastou 700 mil euros em adaptações. são 700 mil euros para uma reunião de um dia e meio.

tudo para deitar abaixo no dia seguinte. sem deixar rasto de modernidade ou dotação urbana. é uma presidência que faz de pequenas cidades meras barrigas de aluguer. que as suga no farelo, para mostrar, nas coisas que verdadeiramente importantes, a capital lisboa, aliás um belo exemplo, nos tempos recentes, de boa gestão autárquica e excelente capacidade de utilização de recursos públicos.

a segunda cidade do país vai receber os ministros das finanças e a justificação oficiosa também é tão hilariante que a vou repetir: o senhor ministro das finanças é do porto.

tudo o resto será no pavilhão atlântico, essa sim, a sede de toda a mega operação europeia.

a conclusão é triste. portugal é cada vez mais pequeno e se noutros tempos os nossos responsáveis políticos procuravam alargar o território, os de hoje parecem preferir limites cada vez mais curtos.

se eu fosse outro, chamava-lhes parolos, como sou quem sou digo apenas que fico triste.