inquietações
uma conversa inquietante. afinal que portugal fazemos? a política cava a sua sepultura de forma contínua, apoiada num jornalismo que busca no efémero as certezas da sobrevivência de papel. professores? qual classe respeitada há ainda uma década, são hoje apontados como raíz de quase todos os males das gerações que fazemos. gerações curtas porque a crise económica serve de capa a cada vez menores famílias, que transformam em luxos tecnológicos o que poderiam ter em humanidade ali ao pé. depois há os juízes, mas casos recentes destruíram na praça pública o respeito que lhes podíamos ter. sobram os médicos, os senhores doutores que, de tão poucos, conseguem ainda blindar-se numa invejável posição. não há choque que nos valha.
1 Comments:
E os enfermeiros e auxiliares de educação, os médios e pequenos empresários, a grande empresa futebolística, os comerciantes, os artistas, os pescadores, os agricultores, as mães e donas de casa, os picheleiros, os desempregados, o sapateiro do Carlos Tê e os operários da Opel da Azambuja? Porquê só o “topo”? A malha social de um país não é feita só de licenciados e ainda bem.
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