14.3.06

natália


auto-retrato

espáduas brancas palpitantes:
asas no exílio dum corpo.
os braços calhas cintilantes
para o comboio da alma.
e os olhos emigrantes
no navio da pálpebra
encalhado em renúncia ou cobardia.
por vezes fêmea. por vezes monja.
conforme a noite. conforme o dia.
molusco. esponja
embebida num filtro de magia.
aranha de ouro
presa na teia dos seus ardis.
e aos pés um coração de louça
quebrado em jogos infantis.

1 Comments:

Blogger fiona bacana said...

blog bom...mas bom!

12:44 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home