30.6.06

ministro novo

já foi responsável pela administração interna no tempo de antónio guterres. nuno severiano teixeira é o novo ministro da defesa. lembram-se dele? exacto, era o porta-voz da candidatura de mário soares à presidência da república.

upgrade

freitas do amaral

é o segundo ministro de estado a abandonar o executivo de josé sócrates. depois de campos e cunha alegar motivos familiares, freitas fala de motivos de saúde. sai um ministro dos negócios estrangeiros que apenas o foi a prazo e que, na verdade, nunca exerceu a função de ministro de estado. o substituto está escolhido. luís amado passa da defesa para os negócios estrangeiros e severiano teixeira assume a defesa. sócrates é brilhante a gerir estas matérias. mais nada.

impostos

se é verdade o que nos diz hoje o semanário económico e os portugueses vão mesmo deixar de poder deduzir no irs as despesas de educação, entre outras, então ou o governo baixa os escalões de tributação ou estamos a poucos meses de uma nova despudorada subida da carga fiscal.

29.6.06

fotografia

convidado

pedi ao carlos mendes pereira que cá viesse hoje. porquê? porque é quinta-feira e porque sei que ele tem andado de máquina em punho na busca das melhores expressões da alegria nacional em volta do mundial de futebol. é já a seguir.

anormal

não sei quem acho mais anormal, se o fernando ruas que diz que devem "corre-se à pedrada" os inspectores do ambiente, se o puritanos que disso fazem tema central da nação e o acusam de incitar à violência.

28.6.06

porto

a tsf decidiu no passado fim-de-semana, apresentar uma reportagem com o lado negro do porto património da humanidade. aguardo pelo outro lado e pela outra visão da cidade. ou querem convencer-me que o porto é só aquilo?

27.6.06

ota

há cerca de um ano o país vivia absorvido pelo erro ou o acerto do novo aeroporto da ota. o governo contratava uma empresa de comunicação só para tratar dessa matéria. ia tudo avançar a grande velocidade. hoje são 27 de junho de 2006 e ninguém sabe sequer onde vai ser o dito aeroporto. alguém me pode explicar o que se passa?

mátria

acho a chinfrineira à volta do encerramento de alguns blocos de partos em outras tantas maternidades uma verdadeira perda de tempo. mas ao mesmo tempo é curiosa esta sede que portugal tem de tudo o que não é essencial.

exame de matemática

conta-me uma insuspeitíssima docente de matemática que o exame de 12º ano foi de um grau de exigência elevado. a previsão é que haja meia dúzia de boas notas e um chorrilho de negativas. pus-me a pensar, ora aqui está uma bela forma de justificar a medida que há dias o governo anunciou: mais professores de matemática nas escolas. se for para ganharem o mesmo que os de inglês no ensino básico, o executivo concretiza uma fabulosa manobra estatística. reduz os números do desemprego e paga uma bagatela (quando paga).

26.6.06

polémica

o árbitro do portugal vs holanda é o verdadeiro bode expiatório. a saber: costinha devia ter sido expulso antes mesmo de ter apanhado segundo amarelo; deco adia a reposição de bola em jogo e leva segundo amarelo, bem (no primeiro amarelo podia até ter visto o vermelho); figo escapou à expulsão depois de uma cabeçada (leve é certo) num adversário; luis filipe scolari passou incólume o jogo inteiro, apesar dos constantes protestos e gestos pouco desportivos. para mim o árbitro errou contra portugal uma vez: quando não expulsou o holandês que arrumou positivamente, cristiano ronaldo. em tudo o resto, não nos prejudicou, bem pelo contrário.

a visitar


thibaut cuisset - "exterior absoluto", tem inauguração marcada para 1 de julho na galeria mário sequeira, em tibães (braga). a não perder.

organização

em cima de um trio eléctrico assisti, na noite de são joão, a uma temerária situação. uma ambulância entre milhares de pessoas, compactas, sem permitir um corredor de socorro que fosse. ali em cima, descansado e a contemplar a alegria de uma cidade na rua, parei uns segundos: quem vai naquela ambulância? o que vai ter de acontecer um dia para que a noite mais desorganizada tenha alguma organização?

23.6.06

são joão

acordou cinzenta a cidade. sabe a porto. o trânsito, ou a falta dele, denuncia que as aulas deram lugar aos exames e a esta hora milhares estão a contas com os números, dentro de salas apertadas. no fim-de-semana, entre gritos e jogos de futebol, os professores vão tratar de perceber se chumbaram menos que no ano anterior. é a estatística quem mais ordena. valha-nos são joão.

cavaqueira

os deputados discutem hoje o lugar onde deve sentar-se, em cerimónias oficiais, o cardeal e os descendentes da família real portuguesa. edificante, sim senhor.

donos da bola

e no meio do mundial, eis que surge um reforço para o benfica. vieira faz três anos na presidência e aproveita o dia para repetir que não terá relações institucionais com fc porto nem sporting. nem no defeso nos dão tréguas os donos da bola.

22.6.06

dúvida

haverá lugar no mundo de hoje para os resignados?

espremer a laranja

o primeiro lugar de portugal no grupo d determinou que nos oitavos de final o adversário seja a holanda. até ao momento a participação da nossa selecção é totalmente vitoriosa, acredito que vamos “espremer” a laranja.
o futebol é muitas vezes utilizado pelos pseudo-intelectuais para ilustrar exemplos menos positivos da nossa sociedade, mas ao contrário destes, portugal no futebol, integra o pelotão da frente, tem uma forte vocação exportadora, sendo apontado como bom aluno não na europa mas no mundo.
também este mundial tem servido para reconhecer o papel de portugal e dos portugueses. mesmo sendo um campeonato do mundo, o “nosso euro-2004” é motivo de muitas conversas nos bastidores.
em pleno mundial são muitos os exemplos que se referem ao último campeonato da europa. a uefa ganha claramente à fifa.
ainda sobre o mundial, não quero e não posso ficar indiferente ao desempenho do luís figo. voltou a ser determinante. alegria, prazer, motivação, ambição, responsabilidade, liderança, espírito de sacrifício, determinação, são algumas palavras que encontro para caracterizar o verdadeiro capitão.
luís figo é um exemplo e o orgulho dos portugueses.
acredito que o sonho se torne realidade.
hermínio loureiro

textos a ler

21.6.06

convidado

amanhã é quinta-feira, dia de convidado no bode. é a vez de um amigo com quem aprendi a valorizar a ponderação, o bom-senso, o sentido de serviço, de lealdade e rigor. um amigo com quem já vivi momentos difíceis e grandes alegrias. um amigo para a vida. amanhã vem cá o hermínio loureiro dizer como está a ver este mundial de futebol.

viva o porto

um final de tarde merecido. esplendorosa a ribeira do porto vista de gaia. portugal tinha ganho ao méxico e preparava-me, em excelente companhia, para um final de dia com um show de futebol. holanda e argentina pré-anunciavam o melhor jogo deste mundial. bar irlandês para ambientar, mas nada, mesmo nada. o futebol meteu férias e nem um golo marcaram. valeu o momento da saída do restaurante: ali estava o porto, de novo, no maior quadro de todos, visto do cais de gaia. que orgulho ser desta cidade.

cavaco e o futebol

o presidente da república tem mantido um distanciamento salutar em relação à selecção nacional de futebol. recebeu os jogadores em belém antes da partida, tem comentado o desempenho aqui e ali, mas já avisou que o país continua. nesta matéria é um exemplo para os políticos, da esquerda à direita. o facto de não ir aos oitavos de final demonstra que o presidente considera normal o apuramento para essa fase.

20.6.06

erros

por que será que custa tanto aos governantes assumir um erro? seja ele qual for. o actual ministro da saúde, cujas capacidades de decisão e frontalidade particularmente admiro, tem-me desiludido nos tempos recentes. o fecho de blocos de parto (matéria com a qual não posso estar mais de acordo) foi atabalhoado e mal explicado. agora ficamos a saber que a nova política do medicamento resultou numa subida generalizada de preços, mesmo fora das farmácias. ficava bem ao governo e a correia de campos corrigir o erro. daria ao país uma grande lição este ministro que é dos poucos que me motiva confiança.

saudade

terminar um dia numa conversa longa com um bom amigo. podemos afinal fazer tanto para enriquecer os nossos dias. e como fazem falta as conversas serenas, a partilha de ideias do futebol até à família, passando inevitavelmente na política. já tinha saudades.

19.6.06

inquietações

uma conversa inquietante. afinal que portugal fazemos? a política cava a sua sepultura de forma contínua, apoiada num jornalismo que busca no efémero as certezas da sobrevivência de papel. professores? qual classe respeitada há ainda uma década, são hoje apontados como raíz de quase todos os males das gerações que fazemos. gerações curtas porque a crise económica serve de capa a cada vez menores famílias, que transformam em luxos tecnológicos o que poderiam ter em humanidade ali ao pé. depois há os juízes, mas casos recentes destruíram na praça pública o respeito que lhes podíamos ter. sobram os médicos, os senhores doutores que, de tão poucos, conseguem ainda blindar-se numa invejável posição. não há choque que nos valha.

está lá

sim, estou à escuta.

18.6.06

silêncio

vasco pulido valente no estilo de sempre, coloca o dedo na ferida. infelizmente o jornal público não me deixa colocar aqui o link. mas está hoje na sua última página.

17.6.06

roupão

um ex-ministro está hoje na capa do maior semanário português numa fotografia em roupão. se calhar sou eu que sou retrógrado e isto é que é bom jornalismo.

16.6.06

guitarra


o olhar de carlos mendes pereira mostra a invulgar relação entre o homem e a guitarra, numa fusão emotiva que a objectiva apanhou.

14.6.06

também é culpa dos professores?

“o que estão aí a fazer? saiam já daí”. que frase horrível, não é? não dá vontade de dar logo um estalo a quem diz isto? e imaginem que diz isto a um grupo de cinco fedelhos, todos juntinhos (como que a conspirar), bem no fundo de uma carruagem de comboio. tá mal. isso lá são modos de falar com o “pessoal”!!!!!!!!!!. ora bem, no dia seguinte dois senhores agentes da polícia estavam na escola para falar com as professoras dos meninos do 5º ano (1º ano do antigo ciclo preparatório). é que os coitadinhos dos petizes “sentiram-se”, porque “são filhos de boa gente”, claro, e vai daí dois deles agarraram o senhor revisor da cp enquanto os outros três o espancaram até ele perder os sentidos e ter de ser internado no hospital. já terei dito que os meninos têm 15 anos?
“apanha, sff, os papéis que deitaste ao chão”. “não apanho nada, sua velha». e agora? a pior coisa que a senhora professora, ainda por cima de matemática, podia ter feito era pôr o menino na rua e marcar-lhe uma falta. os pais lá foram à escola explicar-lhe que assim não podia ser. e que lhe faziam e aconteciam e mais qualquer coisa de partir os ossos todos e o carro riscado. pérolas, pérolas... mas o importante é que a senhora ministra diz que não há violência nas escolas. e se ela existe... tou mesmo a ver que se calhar também é culpa dos professores.
só mais um apontamento: numa escola de santa maria da feira os professores não fizeram greve, mas vestiram-se todos de negro e foram dar aulas.
luísa melo

convidada

e porque amanhã é feriado, o bode vai antecipar o convidado da semana. esta semana será uma convidada, jornalista, amiga de longa data e profundíssima conhecedora dos meandros do sector da educação. cá vai a luísa melo trazer a sua opinião e os seus recados à actual ministra da educação. será uma boa oportunidade também para todos os que têm saudades dos textos dela insistirem para que escreva mais. o jornalismo bem precisa e até agradece, digo eu.

vale a pena ler

o modelo de trabalho de josé sócrates numa reportagem publicada esta quarta-feira na revista sábado.

vista do mundo

citação

"as pessoas detestam os deputados"
- manuela ferreira leite

e agora?

quem observa a capacidade de comunicação (quase perfeita) do actual governo, estranha o atabalhoado processo de encerramento de blocos de partos em algumas maternidades portuguesas. a realidade do primeiro dia do encerramento do bloco de elvas foi dramática: "mulher perde o feto em portalegre depois de ser transferida de elvas". e agora?

13.6.06

bandeira

o expresso distribuiu no último fim-de-semana uma bandeira portuguesa que no canto (em plena bandeira) tinha o símbolo do banco espírito santo e do próprio expresso. indecoroso.

datas

é uma arrepiante coincidência. no dia em que passa um ano da morte de álvaro cunhal, morreu hoje a sua viúva.

12.6.06

álvaro cunhal


faz um ano a 13 de junho que álvaro cunhal deixou o nosso mundo. e com ele levou tanto quanto vai faltando ao panorama político nacional.

orelhas a arder

cavaco silva foi a santarém dizer alto e bom som que o conflito entre governo e agricultores já dura "há tempo demais". os que criticavam o presidente por se deixar ficar no gabinete de belém não tarda estarão a pedir-lhe que volte para lá.

dúvida

haverá vida para além do mundial?

gossip

as comemorações do 10 de junho ainda vão dar muito que falar. se alguém investiga, o fumo é bem capaz de ir dos aliados a belém.

sema(nada)

gostava de saber o pib da região de lisboa na semana que hoje começa. com feriado na terça (santo antónio) e na quinta (corpo de deus), o que se passará na capital? o trânsito flui, valha isso.

10.6.06

america's cup

um bom amigo esteve em valência em trânsito para ibiza e aproveitou para ir espreitar a grande organização da america's cup em vela. a tal que perdemos para a cidade espanhola por razões que ainda hoje a razão conhece mas não revela. ora esse amigo conta-me que andou dois quilómetros para descobrir uma casa de banho. ele virá aqui ao bode contar como foi. mas cá fica o apontamento, em cima da hora.

conselho

durante as próximas três semanas devem ser lidos com muita atenção os comunicados do conselho de ministros e não devemos perder nada do que sair em diário da república.

8.6.06

welch e scolari

indignação, foi aquilo que muitas pessoas sentiram ao ver e ouvir o senhor welch dizer que devíamos ficar envergonhados pelo modo como somos vistos no estrangeiro. Os nossos empresários ouviram-no, beberam-lhe as palavras com humildade, colheram as lições, e o cidadão comum voltou a tropeçar, nas parangonas dos jornais, em algo que não é novidade, mas que, dito assim, por um gestor internacional, adquiriu o peso de uma verdade inelutável. é sempre chocante chegar alguém à nossa terra e proclamar a nossa rotunda nulidade. ainda por cima, porque não é nada de novo, toda a gente sabe que os portugueses parecem pairar sobre si mesmos num sonambulismo abúlico, dando a sensação de transigência ao destino, como que nutrindo-se da nostalgia do pai de mão pesada mas amiga, que vai chegar e pô-los na linha. o senhor welch é alguém que fez o pedregoso chão americano brotar pão e rosas, mas não sabe que temos uma história que nos marca os genes e nos faz gente peculiar. ele pode passear-se pelo mundo como quem se passeia pelo seu quintal e dizer o que lhe apetece, mas, como quase todas as pessoas e países de sucesso, tem telhados de vidro, convenientes falhas de memória, vergonhas que a opulência cobre com um manto altaneiro. o meu sapateiro, que é empresário em nome individual de sucesso relativo, tem uma teoria sobre as aleivosias do welch: acha que ele disse aquilo depois de uma almoçarada onde lhe meteram à frente um tinto alentejano com uns segredos de porco preto. daí a soltura verbal. depois, mudando de página, como quem diz «vamos ao que interessa», vaticinou o falhanço do scolari no mundial, a quem apelidou de capataz espertalhão que cometeu um erro capital: a chamada de figo. o figo não quis a canseira da qualificação, as viagens para letónia, para a eslováquia, e voltou para apanhar a carne da perna, a fase final, com a braçadeira de capitão. ou seja, admitiu o filho pródigo depois de ele ter protagonizado uma saída amuada no fim do europeu. não há pais rígidos totalmente esclarecidos nem pais moles totalmente obnubilados. o caminho de portugal, com uma história recente de menoridade ditada por pais austeros e aceite por filhos infelizes, é um caminho lento e sinuoso, muitas vezes exasperante. o ânimo de um povo não se mede pelas bandeiras nas janelas, ou pelo sentimento de vergonha pelo que se diz de nós no estrangeiro. o meu sapateiro acha que o senhor welch devia sentir vergonha por haver um português que vê os americanos como uns fazendeiros que, para ganhar um dólar, até vendem a mãe se for preciso. e que os americanos, por exemplo, contrataram criminosos nazis depois da segunda guerra mundial para ajudarem a cia a combater os comunistas. que diria o welch do que pensa o meu sapateiro?
carlos tê

convidado

e porque hoje é quinta, não tarda cá estará um convidado especial. esta semana especialíssimo. conheci o monteiro através de um grande amigo comum. a sua forma de viver, o recato que põe em tudo o que faz (bem) e a fuga aos palcos que, ironia do destino, sem as suas letras talvez não existissem, faz dele um ensinamento de vida para mim. uma pessoa a quem, infelizmente, o porto e o país continuam a não prestar o respeito e o reconhecimento que merece. não tarda aqui estará o amigo carlos tê.

6.6.06

até quando?


cada nuvem de fumo, cada notícia, cada voz aflita num rádio a falar acima das suas posses. é assim o fogo, época que provoca em mim a mior das revoltas. podemos ser um país que cresce menos que os parceiros da união, mas para este flagelo não há desculpa. não travamos os incêndios florestais porque alguém demasiado poderoso não quer que isto termine.

5.6.06

contas de cabeça

a organização do rock in rio confirma: foram vendidos 350 mil bilhetes para os cinco dias do festival. cada bilhete custava 53 euros. ficamos assim a saber que a receita de bilheteira foi de 18,5 milhões de euros. se o estado cobrou cinco por cento de iva, quer dizer que o rock in rio deu quase um milhão de euros aos cofres da fazenda pública.

leitura recomendada

vale a pena ler estas opiniões no "the observer". discute-se tanto a escola em portugal que vale a pena acompanhar as grandes mudanças a acontecer em inglaterra e um alerta de consciências que este artigo nos proporciona.

2.6.06

a falha

a lei da paridade, que cavaco silva acaba de vetar, foi aprovada no parlamento a 20 de abril. a data é tanto mais relevante quanto todos nos lembraremos de ouvir o agora presidente sublinhar que faria todos os avisos em privado ao primeiro-ministro e que decisões como a que hoje anunciou, só em casos extremos. ao fim de dois meses e meio de mandato, cavaco e sócrates tiveram a primeira desavença extrema. a pergunta impõe-se: se alberto martins, líder parlamentar do ps, diz que vai mudar a lei no sentido em que o presidente a questiona, o que falhou?

presidente

portugal tem um presidente da república.

patrick

conheci patrick monteiro de barros durante o sonho da candidatura à taça américa. durante esse tempo senti o privilégio de, através dele, da sua força de vontade, do seu querer, da sua confiança, aprender a acreditar nas nossas capacidades colectivas. foi depois de uma longa conversa com ele que melhor me apercebi de uma regra simples: quando num negócio estamos mais preocupados com o que vai ganhar o nosso interlocutor do que com o que o projecto pode trazer de benefício ao colectivo, nunca o projecto avança. ao ouvir o ministro da economia dizer que "é natural que o empresário esteja aborrecido porque não lhe demos 1200 milhões de euros em dinheiro como ele pretendia", quase que imagino o que o patrick sentiu. reduzir a questão de um dos maiores projectos de sempre em portugal, com um impacto de quase um por cento no pib a uma entrega de 1200 milhões de euros só merece a resposta que o patrick deu: caso encerrado.

1.6.06

subivintchium

jack welsh, consagrado, antes da palestra dada, como um dos mais brilhantes gestores do seu tempo, passou pela província há poucos dias e fez uma declaração, qual 4º segredo de fátima, em que diz ser “humilhante para os portugueses a percepção que o exterior tem de portugal”.
obviamente que após tal infâmia o coro de indignados se uniu a uma só voz, qual bandeira pendurada em qualquer marquise de alumínio dos arrebaldes da capital. jack welsh deve saber pouco de bola porque no país dele joga-se com um melão mas parecia que estava a falar do patriotismo barato do povão da bandeira na fenêtre liderado pelo rei do cangaço em que se transformou no nosso “chefi da subi vintchium”… é que o “mundo exterior” deve ver com alguma perplexidade a comédia pegada em que se transformaram as balofas acções de patriotismo de vão de escada deste neo-colonizador às avessas. uma espécie de pedro álvares cabral invertido que veio descobrir para terras lusas o caminho marítimo para a alemanha…
pela difusa orientação do aprendiz de marinheiro ainda se engana e vai pela grécia o que, uma vez mais, não augura nada de bom… ou seja, recordistas da bandeira mulherenga e do calor humano, arriscamo-nos a voltar a ser enganados, meter a violinha no saco ao fim dos jogos com o irão e com o méxico e ficar a ver bom futebol o resto do campeonato do mundo.
entretanto o benfica e inglaterra arranjaram treinador e então scolari ficará a torcer para que algum tanso lusitano escorregue na armadilha da chicotada psicológica de dezembro para continuar na sua nova pátria amada… como diria chico buarque “ai esta terra ainda vai cumprir seu ideal, ainda vai tornar-se um imenso portugal… ou um império colonial?”
ivan dias

convidado

hoje é quinta-feira. pedi ao ivan que aqui voltasse. hoje e porque este é um espaço livre, vai dizer-nos o que pensa de scolari e da selecção nacional que vai entrar em campo na alemanha. preparem-se.

ternura

tenho pena que não tenham conhecido esta mulher.